Isótopos estáveis da madeira da Amazônia
Trabalhar com isótopos depende de espectrômetros de massa. Hoje, no Brasil há cerca de 100 equipamentos instalados. Por que os do CENA? A colaboração formal entre CENA-USP e INPA é antiga (desde 1979). A cooperação informal entre o Laboratório de Ecologia Isotópica (LEI) do CENA e o Laboratório de Manejo Florestal (LMF) do INPA começou no final de 1980.
Essa cooperação foi formalizada a partir da aprovação da primeira versão do projeto INCT – Madeiras da Amazônia, em 2008. O LMF sempre atuou como fornecedor de amostras e o LEI na análise e interpretação dos resultados das razões isotópicas. Utilizações diferentes dos resultados, mas com focos convergentes. O LMF precisa das razões isotópicas para entender as ciclagens de carbono e água da floresta numa tentativa de agregar ao valor da madeira. Sem agregar mais valor à madeira, o sonho do manejo florestal sustentável na Amazônia ficará mais distante.
O Prof. Martinelli inspirou o perito criminal José Alysson Medeiros a escrever um cordel intitulado “O perito criminal no país dos isótopos”. Nesse cordel, a lição que fica é: “os isótopos não mentem jamais”.